segunda-feira, 22 de março de 2010

Clube Social

Ouvi falar de uma ilha no mar, onde todos sabem ler e escrever, onde eu não preciso me preocupar com minha saúde. Uma paraíso tropical onde eu não posso exercer meu ofício, onde minhas palavras são a moeda de troca pela minha liberdade. Esse lugar tão encantador onde sonho deitar e observar minha utopia em colapso, aos poucos, até apagar e eu estar de volta de onde vim.
Mas por enquanto ainda posso sonhar com Cuba, com o povo de um história sangrenta da qual já desejei ter feito parte. Não sou mais tão cubano quanto já quis ser. Minha utopia chora.

Andar por túneis do tempo, relíquias comuns para esses latinos sorridentes, seria mesmo tão assombroso, tão encantador? Tenho mil perguntas a fazer neste pedaço de mundo, dezenas de textos a escrever sobre o que me cercaria se lá estivesse. Se lá tivesse coragem de ir. Temo que a ignorância juvenil, pois sei que não passo de um pivete, me faça acreditar em verdades duvidosas e esquecer de virtudes básicas, mesmo que reserve muito pouco espaço no meu coração para estas. Sou cego aos desencantamentos, então porque escrevo aqui?
Porque cocei meu olho e uma lágrima rebelde resolveu ganhar liberdade.


"Dos gardenias para ti."

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