segunda-feira, 1 de março de 2010

Downtown

As ruas do povo, da plebe. Esses caminhos cinza e sujos de mil cultos e olhares esquivos.
De ladrões na sombra a aleijados viciados nos bancos. São todos palmeiras de papél, ilusões de ótica, miragens no deserto.
O cheiro é de sujeira nesse coração moderno, nas vitrines de plástico e nas fardas de falsos guardiões. A cidade é corrupta quando o povo a corrompe. A seiva dos edifícios de mentira é negra e a barriga dos seus donos é grande.
Nesse cenário podre, as lágrimas valem diamantes.

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