quinta-feira, 4 de março de 2010

Sedução


Um tango na Argentina marca o primeiro passo, o segundo e o terceiro. Em sincronia se faz um sussuro, quase que um súplica. Um abraço não passa do cordial, já um olhar é uma expressão de desejo, é aquele sussuro martelando no passo de uma salsa. O ritmo são tons,
os movimentos palavras e o ciclo são o nada, tudo aquilo que no momento não importa.
O toque é um salto adiante, a vótoria do ousado. A negação é o chicote, sempre vigilante ante os esforços, mas o sorriso é uma nova oportunidade, ou melhor, aquela que o chicote blefou ser imprudente. A aproximação é a chave, ela é de uma sustileza etérea, quase imperceptível. O beijo é a chave, e o mundo todo gira em torno daquele momento, onde o crânio se racha e da alma voa uma pomba rosa.

Um comentário:

  1. Porra, gostei mesmo mesmo. passa um clima, não sei.
    coisas que só a mente percebe.

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