sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sarava

E aqui estou, cacos da garrafa, despedaçado no chão da sala. Triste.
Me apoiam os pilares de cera, que de solstício em verão derretem meu cérebro, a razão pura de outrora. Pois vim da festança, e agora surge a esperança de amar. Que fútil, mais um jovem à poetizar, no som de Doors, Who e Stones, os ideais românticos, já piegas e sem graça. Um tanto byroniano, eu diria, devido às doses alcoólicas, às drogas ingeridas e às mulheres desejadas. Tantas! Da mais feia e banal à mais bonita e especial. Ele não tem limites, que patético. O abandono, o abraço, o laço, a lágrima. Manifestação única, adequada á situação.
As cartas foram postas previamente e a elas não houve preparo. Antecipo o amanhecer mortal, suicida e temporal. Porem, capaz de afetar meu curso eternamente. Foram cervejas, gim, vodka os meus mentores. Minha catástrofe foi Hidra própria. Desculpem-me amigos pela minha falta de consideração. Sou inconsequênte e infeliz, e mesmo assim me amam. Devia me matar por suicido culposo, onde em carta e letra caprichada expressaria tudo o que me aflige, todos males até agora guardados. Minhas problematizações, frases e gestos tão preciosos que não merecem exemplificação.
E a madruga se arrasta.
De fato, o fim já chegou, só não compreendo o fim que levaram meus companheiros, porem é a vida.
Me resta dois dedos de prosa: Nunca deixem o que podem fazer hoje para amanhã, pois é provável que acordem de ressaca e façam nada além de dormir por todo o dia.
Sarava!

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