A beleza do vazio, e o fato de que ele pode ser preenchido. Imagine um galpão enorme, onde foram lançados todos os mais belos desejos, as ambições escondidas de todos os atores mundanos.
O sonho de rodopiar
O sonho da canção e poesia
O sonho dos poucos males
O sonho do descarrego
E foi culpa do destino o encontro do sonhador com aquele vão denso, e agradece ele pela liberdade que atingiu, atravessando seu palco em um giro eterno, cintilando alegria, derramando sua alma e pintando as paredes cor-de-anjo. Tudo, em resumo, para parar e ver como o mundo fica distorcido, confuso, perigoso sem os sonhos. Seu espelho é sua consciência, ou quem sabe, seu reflexo na água do chuveiro. E como ele queria escorregar mais uma vez, se perder no sonho e vive-lo para sempre.
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