domingo, 12 de dezembro de 2010

Horas

O tempo passa agora e parece que foi antes. Antigamente, quando?
Passaram os dias e nem reparei. Parei de ver qual exatamente era a fruta da estação.
Não pareço saber que horas são
e o triste é fato de não ter ideia mesmo.
Queria um aconchego? Besteira.
Estou feliz com a fresta da janela aberta
o sol raiando devagar, longe, longe, longe.
Distante, é. O Universo é tão grande.
Tão grande que é, ofuscou a própria grandeza do tempo.
Coitado deste. Ficou perdido em algum lugar entre ontem e Terça-Feira.

Já não sei mais olhar as horas no relógio. Para mim são apenas setas em direções contraditórias.
Sinais ou alguma escrita alienígena para descrever o fio da meada, o lapso do passar.
Feixes de luz tediosa para me diz que é tempo de dormir. Mas por que?
Porque faz mais de vinte e nove horas que você não deita para relaxar.
Logo me lembro do tempo que perdi, há vinte e nove horas atrás, enquanto sonhava com uma realidade distante, coisas óbvias que demoram para se concretizar.
Tão triste saber disso. Então não me julgue pela insônia induzida, eu quero é apartar no mundo que meus sonhos criaram.
Daqui a pouco, dizem alguns ébrios tristes.

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