quarta-feira, 2 de março de 2011

Lanchonete

Pancho caiu no banco, as botas lançou na cadeira em frente
meio grogue a voz cansada, ordenou café puro e umas torradas
brincando de queimar a vida com o isqueiro amarelo
Pancho era um homem singelo
a barbicha e o cachecol apertado, as luvas de couro e o cabelo amarrado
comeu com deleite, arrotou de repente.
cantou uma bossa velha velha
cantou a garçonete.
tirou o cantil, salutou ao Brasíl.
Pancho era homem de verdade, bebia até a morte.
Quem diria que morreria de overdose?
Como todos os outros grandes jovens da sua geração
essa morte não foi excessão.
Pancho partiu na esquina de uma lanchonete.

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