domingo, 11 de dezembro de 2011

Sururu na Av. Rio Branco

Cairam os frascos vazios de leite por descuido de Manoel. Do outro lado da avenida a dona do boteco já se prontificou a atender ao barulho e assustado pela cena em sua frente o Engravatado apressa o passo, inconformado Manoel gritou ao Engravatado - Tens pressa em fugir a luta? Não fiz desfeita alguma, retrucou travado. Pois derrubastes meus frascos conta Manoel. Sabes quem acusas? Nem ligo, me pagas ou te arrombo! Um passo a frente, Manoel rubro - Engravatado pálido e pensa a botequeira "Sururu na rua o cliente ama" - Pega ele seu Manoel! Um observante clama - Não te pago bolhufas insiste o Engravatado lhe da murro no peito o trabalhador enraivecido no chão caiu o Engravatado, sangue lhe foge da cabeça se adianta o segurança atrasado com seu braço-canhão ao Manoel desafia, malandro que é o português se desvia sorrateiro o campanheiro do Manoel ataca ele e o segurança no braço duelam e do outro lado da rua a aposta rola solta: o cliente Marcos arrisca as cuecas, outros com a Dona no jogo está o fiado. Mas não contam com a Patrulha que a galope interrompe a cena: "Apartem sua briga ou a briga é comigo" Engravatado mostra distintivo, é Delegado e já chora o Manoel arrependido em cana vão os leiteiros bandidos no mais, é demitido o segurança que ao buteco se lança e é aplaudido pela torcida: Contam que na Rio Branco brigão de rua é herói incompreendido.

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