Desastre agradável

[um resumo de uma mente alcoolizada]

01/04/10

Buddy Guy é um mestre, sua voz é um trovão sensual, um trovar encantador.

Nesse jogo de sexo eu dou minha partida, minha trova nem tanto sensual à uma garota alheia. Pobrezinha, não merece isso de um garoto alcoolizado na quinta-feira pré-santa. Entre amigos faço gracejos falsos, não sou quem pretendo ser. RÁ! Estou rindo das suas caretas, like a rolling stone. Pode crer, estou prestes a subir no telhado, gritar aos céus minhas angustias, dançar para as estrelas. Estado etílico agradável. So much fooling around, round, round, round.

Creio que fui abandonado, os planos foram todos descartados, uma dose virou duas, de duas tornaram-se três, e assim, a mente continuou a deturpar-se. Triste vodka. Énóis, como eu diria caso fosse um habitante de alguma favela. Encho minha cara rapidamente para escapar da solidão, eu acho. Não sei ao certo, admito, não sei ao certo. Mas é bom.

Eric Clapton é um poeta, um homem de virtude. É rara a ocasião quando ouço uma de suas letras sem sentir nada, é tudo tão bonito, sincero. Um grande homem, um triste homem de fato. Yeah, I feel wonderful tonight.

Queria uma dose de companhia, ando meio sozinho. Queria uma dose de desabafo, de conversa jogada fora. Uma dose de cervejas no ponto de ônibus, de descaso sincero e juvenil.

Juvenil, faz certo tempo que me sinto velho, carregado. Não sei ao certo o porquê. Ênfase.

Mais uma dose, é claro que eu tô afim. A noite nunca tem fim. Por que tem de ser assim?

"This Bird you can't change!"

No girl to stay with me, mimimi.

Ops, fui descoberto!