quarta-feira, 7 de abril de 2010

Life is a Bus/ Transporte Rodoviário

Uma sensação agradável na barriga, no ronco do motor, no balançar desse lata.
Um ou outro trapezista, um coelho de gravata e paletó, uma mosca barulhenta em pé me vê com seus 1024 olhos convexos.
Quero estar lá fora, mas me sinto tão seguro aqui dentro.
Os borros são inconstantes, os rostos marcados na relação transitante do tempo-espaço. Tão nítidos.
O plano é simples, todos as formigas obedecem a mesma rainha.
O plano é em latim, todas as formigas fornicam a mesma rainha.

Uma lombada, um despertar. O ponto chegou, os rostos são agora caretas e o tempo parou, por um segundo, para que eu possa descer, franzir a testa para o sol e esperar o próximo ónibus chegar.

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