quinta-feira, 8 de abril de 2010

Uno solo dia.

Um dia para se esticar no sofá, um dia para acordes e harmonias.
Uma tarde pra ouvir a chuva cair, no calor de casa, no aconchego bonito.
Instantes sonolentos para ficar de bobeira, para comer bolacha caseira e sorrir do descaso. Um pouco do sol ameno para secar as minhas flores, um pouco de insenso para fazer miar o gato e na grande almofada se agarrar, deixar de lado o rato que tem de ir correndo caçar. Esse dia para rimas fáceis, economia do lápis, da caneta.
Esses meus dedos magros já não querem mais brincar.
Instantes sonolentos para ficar de bobeira, para comer bolacha caseira e sorrir do descaso.
Hoje para Bossa Nova, MPB e manga com leite. Um dia para tomar suco de goiaba.
Um dia para sonhar, não imaginar, não se culpar.
Um dia para respirar esse frescor, meu ar já morno. Faz tempo que não saio de casa.
Horas para chorar, quem sabe. Uma lagrima rouca ou outra.
Nada preocupante, apenas memórias laxantes.

Instantes sonolentos para ficar de bobeira, para comer bolacha caseira e sorrir do descaso.

3 comentários:

  1. Sério, eu adoro todos os seus textos mas, inexplicavelmente, esse foi o meu favorito até agora...
    Adorei "esse dia para rimas fáceis, economia do lápis, da caneta"...

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  2. favorito até agora tbm.
    me identifico muito, e esse tipo de dia é tranquilo e maravilhoso, e me lembra os dias que voce aparecia aqui em casa sem avisar, pra "ficar de bobeira" :)
    saudades..

    btw, tem um ritmo gostoso de ler esse seu texto ^^

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