domingo, 12 de setembro de 2010

Onde estão seus diamantes?

Me diga, é um suplicio, onde fica a ala de tesouros? Sua secção especial de segredos, um cômodo confortável para os diamantes? Você que tanto se gabava, das histórias contava e suas pérolas balançava, por fim, me parece que nada têm. Quebrei a rima, assim como quebraste uma promessa. Recordo como ontem do seu discurso. De como me levaria às alturas e como eu amaria esse lugar estranho chamado paraíso. As tantas maneiras como você sabia assobiar, cantarolar, poetizar. Aqueles contos todos que sabias de cor, mas tinha vergonha de declamar. Tudo uma mentira. E mentiu por que? O que guardas tão bem no seu depósito húmido e abandonado? Seria um coração? Eu chuto um diário em branco. Sua mentira foi seu fim, ninguém mandou gostar de Godard, não fui eu quem te disse para voltar a Moscou. Você não decepcionou à mim, mas a si mesmo. Restam os passos até a porta da sua casa.

Não se esqueça das chaves.

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